São Brás |
No
início do mês de fevereiro, muitas pessoas acorrem às igrejas e santuários para
buscarem a saúde por intermédio de São Brás, Nossa Senhora dos Navegantes,
Nossa Senhora da Candelária e Nossa Senhora de Lourdes. Esta busca, certamente,
é mais intensa neste ano, quando dezenas de jovens continuam hospitalizados por
causa das queimaduras e intoxicações sofridos no incêndio da boate Kiss de
Santa Maria.
N. S. da Candelária |
São Brás é invocado, de maneira especial,
como o protetor contra os males da garganta. Vem de muitos anos a tradição de
as mães levarem seus filhos para receberem a benção com as velas cruzadas, na
esperança de que seus filhos sejam protegidos contra os males da garganta e de
outras doenças. Na medida em que esta benção é buscada com fé, certamente se
torna uma proteção para os fiéis.
As inúmeras procissões de Nossa Senhora
dos Navegantes e de Nossa Senhora da Candelária, além de buscarem a proteção
para as pessoas que navegam pelos mares, voam pelos ares ou rodam pelas
estradas, também servem para pagar promessas e buscar a proteção da mãe de
Jesus que levou seu filho para apresentá-lo no templo de Jerusalém. O desejo de
todas as mães é verem seus filhos crescerem com saúde, a partir de afirmação da
sabedoria popular de que “tendo saúde, o resto a gente arranja”.
No dia 11 de fevereiro, junto com a festa
de Nossa Senhora de Lourdes, comemoramos o Dia do Enfermo. É o dia em que
inúmeras pessoas se dirigem para as grutas incrustadas em rochedos ou feitas
por mãos humanas, para agradecerem por graças alcançadas ou pedirem a ajuda e
proteção da Mãe de Deus. São pessoas que atribuem a cura das enfermidades a
Nossa Senhora de Lourdes. Pessoas que aflitamente buscam o amparo da fé para
superarem alguma doença pessoal ou de um ente querido. É por causa disso que,
junto às grutas de Nossa Senhora de Lourdes, costumamos encontrar inúmeras
placas de agradecimentos por cura ou de pedidos de ajuda.
Gruta com a imagem de N. S. de Lourdes |
Em
Aparecida, os bispos da América Latina e do Caribe reconheceram que “a piedade
popular é uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da
Igreja e uma forma de ser missionários, onde se recolhem as mais profundas
vibrações da América Latina”. Além disso, “o caminhar juntos para os santuários
e o participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os
filhos ou convidando a outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador
pelo qual o povo cristão evangeliza a si mesmo e cumpre a vocação missionária
da Igreja” (DA, 264).
Que as bênçãos de São Brás, as procissões
de Nossa Senhora dos Navegantes e de Nossa Senhora da Candelária e as orações
junto às grutas de Nossa Senhora de Lourdes animem a fé das pessoas e tragam
conforto para os doentes. É o que esperamos e desejamos no início do mês de
fevereiro.
Dom
Canísio Klaus – Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
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