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"Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder." |
Hoje a Igreja celebra a Festa de dois santos extremamente populares na religiosidade popular brasileira: os irmãos Cosme e Damião.
Apesar de muito dessa popularidade estar ligada ao erro do sincretismo religioso promovido pelo candomblé, que assimila a figura destes dois mártires do cristianismo primitivo às suas divindades, os católicos de todo o mundo podem ter, nestes dois santos, exemplos inegáveis de desprendimento, bondade, caridade, acolhimento, coragem, fé e amor a Cristo e ao Evangelho.
Um Pouco de História
Há relatos que atestam serem originários da Arábia, de uma família nobre de pais cristãos, no século III. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio.
Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia. Diziam "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder".
Exerciam a medicina na Síria, em Egéia e na Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro.
Cosme e Damião foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma exata como morreram. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma.
Foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.
Segundo a tradição, São Cosme e São Damião eram dois irmãos que curavam "todas as enfermidades, não só das pessoas, mas também dos animais, fazendo tudo gratuitamente". Por serem médicos, foram escolhidos como patronos dos médicos e dos farmacêuticos.
Segundo uma certa tradição, São Damião, contrariando a regra de caridade, aceitou a remuneração de Paládia, uma mulher por ele curada, e isto provocou uma severa bronca da parte de seu irmão, que protestou não querer ser sepultado ao lado dele após a morte.
Deve ter havido alguma testemunha do fato, porque após a decapitação deles, os cristãos pensaram em sepultar seus corpos um pouco longe um do outro. Mas um camelo, assumindo voz humana, bradou em alta voz para unirem os dois irmãos, porque Damião, aceitando o modesto honorário oferecido por Paládia, fizera-o em nome da caridade, para não humilhar a pobre senhora.
Segundo a mesma tradição, os dois irmãos foram condenados à lapidação, mas as pedras se voltavam contra os perseguidores. Então eles foram colocados diante de quatro soldados para que estes os atravessarem com flechas, mas os dardos também retrocederam e feriram muitos, porém os santos nada sofreram. Os soldados foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação, honra reservada apenas aos cidadãos romanos, e somente assim os dois mártires, juntamente com outros três irmãos, puderam prestar seu testemunho a Cristo.
Não somos obrigados a acreditar nessas tradições que não têm uma comprovação história confirmada, mas também não podemos descartá-las de todo. Se não é possível confirmá-las; por outro lado não é possível provar a sua total falsidade; já que para Deus tudo é possível.
Infelizmente, o culto desses santos benfeitores foi misturado ao sincretismo religioso dos cultos afros e outros, causando confusão no povo católico. No dia de sua celebração, algumas entidades religiosas não católicas costumam distribuir doces para as crianças. Evidentemente, os católicos não devem participar disso, pois é um desvirtuamento do culto desses santos. Esta prática só será válida para os cristãos, se for feita por pura caridade, sem qualquer outra conotação. Eles devem ser cultuados na fé da Igreja e nas Missas.
Oremos:
Ó Deus, a comemoração dos mártires Cosme e Damião proclame a vossa grandeza, pois, na vossa admirável providência, lhes destes a glória eterna e os fizestes nossos protetores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Santos Cosme e Damião, Rogai por nós!
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