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"Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: 'Segue-me'. Ele se levantou e seguiu a Jesus." Mateus 9, 9 |
Hoje, a Santa Igreja comemora a Festa de São Mateus, Evangelista, um dos Doze Apóstolos do Senhor.
Mateus, também identificado como Levi, trabalhava como coletor de impostos na cidade de Cafarnaum e, por haver enriquecido através dessa atividade, era desprezado pela comunidade hebraica. A transformação de sua vida acontece ao receber o chamado de Jesus, que passava pela cidade.
Ao vê-lo sentado à coletoria, Jesus lhe diz: "Segue-me", e no mesmo instante, sem dizer coisa alguma, Mateus deixa tudo e se coloca à disposição do Mestre, oferecendo sua casa como pousada para Cristo e sua vida como instrumento de conversão e da misericórdia divina.
Os fariseus, vendo que Jesus aceita o convite para jantar em casa de um publicano e que acaba cercado por outros "pecadores", perguntam aos discípulos: "Porque vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?" Ao que Jesus, provando a misericórdia do Pai que acolhe a todos os que se arrependem e a Ele se achegam, responde: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: 'Quero misericórdia e não sacrifício'. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores." (Mateus 9, 9-13)
A vida de São Mateus é prova da acolhida misericordiosa de Deus, através de Jesus. O próprio nome de Mateus remete a isto: Dom de Deus.
O que a Bíblia e a Tradição falam a respeito de São Mateus?
O apóstolo, pela comparação de Mt 9.9 com Mc 2.14 e Lc 5.27,28, é identificado com Levi, o filho de Alfeu. Além disso, o nome de Mateus aparece em todas as quatro listas dos apóstolos (Mt 10 – Mc 3 – Lc 6 – At 1) e o de Levi em nenhum.
Mateus era publicano, ou recebedor da alfândega nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum, porto do mar da Galiléia. Foi nesta cidade que Jesus habitou, depois de ter saído de Nazaré – e provavelmente tinha Mateus ouvido nesta mesma povoação os discursos do Divino Mestre e observado os Seus milagres.
Deste modo teria sido preparado para obedecer à chamada de Jesus. Com efeito, estando sentado na sua tenda à beira da estrada, tudo deixou para o seguir (Mt 9.9). Depois ele mostrou a sua afeição ao Mestre e o seu interesse pela felicidade espiritual dos seus antigos companheiros, convidando um grande número de publicanos para uma festa, em que se oferecia a ocasião de ouvir o Divino Pregador.
Foi escolhido por Jesus Cristo para ser um dos doze apóstolos (Mt 10.3), e estava com os outros discípulos no cenáculo depois da ascensão (At 1.13).
A humildade de Mateus pode ser reconhecida no evangelho que tem o seu nome. Ao enumerar os apóstolos, ele se cognomina ‘Mateus, o publicano’ (10.3), não suprimindo o seu primeiro emprego. É pelo que diz Lucas, e não pelo que Mateus escreve, que nós sabemos que ‘ele deixou tudo’ para seguir a Jesus, e ‘Lhe ofereceu um grande banquete em sua casa’ (Cp. Mt 9.9,10 com Lc 5.27 a 29).
Eusébio (Hist. Eccl. iii, 24) diz que Mateus, depois de pregar aos seus próprios conterrâneos, foi para outras nações. E Sócrates (Hist. Eccl i, 19) diz que foi a Etiópia o centro dos seus trabalhos. A maior parte dos primitivos escritores afirmam que ele teve a morte de um mártir.
Oremos:
Ó Deus, que na vossa inesgotável misericórdia escolhestes o publicano Mateus para torná-lo apóstolo, dai-nos, por sua oração e exemplo, a graça de vos seguir e permanecer sempre convosco. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
São Mateus, Evangelista, Rogai por nós!
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